terça-feira, 25 de maio de 2010

CIÊNCIAS - TIPOS DE SOLO

Solo corresponde à decomposição de rochas que ocorre por meio de ações ligadas à temperatura, como o calor, além de processos erosivos provenientes da ação dos ventos, chuva e seres vivos, tais como bactérias e fungos.

O Brasil se destaca como grande produtor agrícola, fato proveniente do extenso território e também da fertilidade do solo.

Em razão da dimensão territorial do Brasil é possível identificar diversos tipos de solo que são diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação.

No Brasil são encontrados quatro tipos de solo, são eles: terra roxa, massapé, salmorão e aluviais.

Terra roxa: corresponde a um tipo de solo de extrema fertilidade que detém uma tonalidade avermelhada, pode ser encontrado em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Esse é originado a partir da decomposição de rochas, nesse caso de basalto.

Massapé: é um solo encontrado principalmente no litoral nordestino constituído a partir da decomposição de rochas com características minerais de gnaisses de tonalidade escura, calcários e filitos.

Salmorão: esse tipo de solo é encontrado ao longo das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste brasileiro, é constituído pela fragmentação de rochas graníticas e gnaisses.

Aluviais: é um tipo de solo formado em decorrência da sedimentação em áreas de várzea ou vales, é possível de ser encontrado em diversos pontos do país.
Na superfície terrestre podemos encontrar diversos tipos de solo. Cada tipo possui características próprias, tais como densidade, formato, cor, consistência e formação química.

Solo Argiloso

Possuí consistência fina e é impermeável a água. Um dos principais tipos de solo argiloso é a terra roxa, encontrada principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Este tipo de solo é bom para a prática da agricultura, principalmente para a cultura de café. Na região litorânea do Nordeste encontramos o massapé, solo de cor escura e também muito fértil.

Solo Arenoso

Possui consistência granulosa como a areia. Muito presente na região nordeste do Brasil, sendo permeável à água.

Solo Humoso

Presente em territórios com grande concentração de material orgânico em decomposição (húmus). É muito utilizado para a prática da agricultura, pois é extremamente fértil (rico em nutrientes para as plantas).

Solo Calcário

É um tipo de solo formado por partículas de rochas. É um solo seco e esquenta muito ao receber os raios solares. Inadequado para a agricultura. Este tipo de solo é muito comum em regiões de deserto.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

GEOGRAFIA: O QUE SÃO ABALOS SÍSMICOS E ONDE OCORREM?

Veja o infográfico e entenda por que esse agente interno do relevo pode causar muitos prejuízos, destruição e morte.

Geralmente os abalos sísmicos estão associados às falhas geológicas. Eles são causados pela liberação de energia existente no interior da Terra.
A crosta terrestre está dividida em grandes placas rígidas, de vários tamanhos, que se movimentam sobre o magma em diferentes direções. Quando uma placa tectônica se choca com outra placa há liberação de energia, provocando vibrações ou ondas sísmicas que se propagam no interior da crosta e são sentidas na superfície terrestre.
Essas vibrações são percebidas e registradas na escala Richter pelos aparelhos sismógrafos. Veja o infográfico a seguir.







GEOGRAFIA: Por que ocorrem tantos terremotos na costa oeste da América do Sul?

Ultimamente, notícias sobre tremores de terra tem se tornado frequentes, principalmente os ocorridos na região das cordilheiras dos Andes, na costa oeste da América do Sul. Como exemplo pode-se citar o Chile, que devido a sua localização sobre uma falha geológica, é um dos países andinos que mais sofre com a freqüência e magnitude dos terremotos.
A costa oeste da América do Sul, banhada pelo oceano Pacífico, é um limite de convergência ou encontro entre duas *placas tectônicas: a placa oceânica de Nazca e a placa continental Sul-Americana.
Essa área de convergência é denominada pelos sismólogos de zona de subducção, pois na colisão entre as placas, uma é forçada a deslizar para baixo da outra. A placa de Nazca, por ser mais densa, mergulha sob a placa Sul-Americana a uma velocidade que varia entre 7 e 8 centímetros por ano. Veja a animação a seguir.







GEOGRAFIA: Por que algumas cidades brasileiras sentem um terremoto ocorrido na região da cordilheira dos Andes?

Tem se tornado comum o relato de tremores sentidos por moradores de grandes centros urbanos brasileiros. Essas vibrações sísmicas são resultado dos terremotos ocorridos na costa oeste da América do Sul, na zona de colisão entre a placa tectônica de Nazca e a Sul-americana.

Os terremotos são causados pela energia acumulada no interior da Terra.

A crosta terrestre está dividida em grandes placas rígidas, de vários tamanhos, que se movimentam sobre o magma em diferentes direções. Quando uma placa se choca com outra, há liberação de energia. As ondas sísmicas propagam-se pelo interior da Terra e são registradas pelos sismógrafos em vários pontos do mundo. A velocidade e a extensão dessas ondas dependem do meio que atravessam, ou seja, da estrutura geológica dos lugares. Por isso, cidades como São Paulo, Curitiba, Brasília e Manaus, mesmo distantes dos terremotos ocorridos na região das cordilheiras dos Andes, sentem os seus tremores.

Essas cidades brasileiras estão situadas em bacias sedimentares, formadas por rochas mais “moles” ou maleáveis, que amplificam a freqüência das ondas sísmicas, sentidas principalmente pelas pessoas que moram em prédios altos, com mais de cinco andares. Assim, a ressonância entre a vibração do solo e os grandes edifícios, é outro fator que explica o reflexo dos terremotos distantes. A ressonância é um fenômeno físico onde um objeto oscila ou vibra pela influência do outro. Neste caso, quando uma onda sísmica se propaga e atinge a base de um prédio, ocorre a transferência de energia, e os reflexos dos tremores são sentidos.

Vale lembrar que o Brasil também apresenta sismicidade. Apesar do país estar situado no centro da Placa Sul-americana, uma área considerada estável e parcialmente livre de terremotos de grandes magnitudes, existem no território, 48 falhas mestras - locais onde “nascem” os terremotos – localizadas principalmente nas regiões Sudeste e Nordeste.

Para obter mais informações, acompanhar os locais onde ocorrem e a magnitude dos abalos sísmicos no Brasil, acesse o site do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília.

GEOGRAFIA: Enchentes: um problema que afeta várias cidades brasileiras

As regiões Sul e Sudeste do país estão sendo frequentemente atingidas por temporais, efeito do fenômeno El Niño, que provoca o aumento das áreas de instabilidade nessas regiões. A grande quantidade de chuvas aumenta a ocorrência de enchentes, causando sérios prejuízos, não só em áreas urbanas, mas também em áreas rurais. Além das perdas materiais e humanas, as enchentes provocam graves doenças como a leptospirose e a hepatite A.

As enchentes são fenômenos naturais que ocorrem nos períodos chuvosos. Ao receber uma maior quantidade de chuvas, o rio transborda em sua área natural de extravasamento. O problema é quando essas áreas naturais são ocupadas de maneira irregular.

Qualquer modificação dentro da bacia hidrográfica (área de drenagem de um rio e seus afluentes) irá gerar uma interferência no rio. Um dos principais motivos do aumento das enchentes, principalmente em áreas urbanas, é a impermeabilização do solo. A maior parte da água das chuvas que cai dentro da bacia hidrográfica infiltra, atinge o lençol freático e depois de um longo caminho chega ao leito dos rios. Com o grande número de calçadas, asfalto, telhados e com a própria compactação do solo, as águas da chuva que deveriam infiltrar no solo escoam superficialmente, alcançando o leito do rio com rapidez, ocasionando, assim, o transbordamento. Outro fator que potencializa as enchentes é o assoreamento dos rios causado pelo acúmulo de sedimento e de dejetos em seu leito. Isso ocorre devido à deficiência na coleta de lixo e ao desmatamento, que deixa o solo nu, contribuindo, assim, para que ele seja carregado até os rios.

Os prejuízos causados pelas enchentes podem ser minimizados caso haja maior planejamento por parte das autoridades e conscientização por parte da população. Os avanços tecnológicos permitem diminuir a impermeabilização do solo em áreas urbanas por meio da utilização de materiais porosos na construção de ruas e de calçadas. Uma outra saída é a construção de áreas de represamento das águas das chuvas — os chamados piscinões —, que evitam que elas alcancem os rios com rapidez. No caso da população, várias mudanças de hábitos podem ser eficazes, como a diminuição do consumo (que consequentemente gera uma menor produção de resíduos) e o destino adequado do lixo.

GEOGRAFIA: Nossas vidas dependem do solo




Você consegue imaginar quais são as consequências que o abuso do solo, em escala global, pode gerar?
Todo o ano, no dia 15 de abril, é comemorado o Dia Nacional da Conservação do Solo. Essa celebração é importante para lembrar a sociedade de que o solo é essencial para a sobrevivência de diferentes seres vivos. No entanto, esse recurso natural sofre com a contaminação e/ou degradação provocada pelas atividades humanas.

Formado por matéria mineral e orgânica, ar e água, o solo é um recurso natural finito, tendo em vista o tempo de sua formação (estima-se que cada centímetro do solo se forma num intervalo de tempo de 100 a 400 anos) e sua rápida contaminação e/ou degradação provocada pelas atividades humanas.

A contaminação dos solos ocorre quando há a modificação de suas características naturais, ocasionada pelo acréscimo de compostos, como resíduos sólidos, líquidos e gasosos, água contaminada, efluentes industriais e agrícolas, entre outros. Já a degradação ocorre por meio do desmatamento e/ou das queimadas, da desertificação, do uso e do abuso de tecnologias inadequadas e pela falta de conservação do solo.

Ao longo do tempo e em todo o mundo, o solo é importante porque:

  • se trata do principal substrato utilizado pelas plantas para seu crescimento e sua disseminação.
  • fornece suporte, água, nutrientes e oxigênio às raízes das espécies vegetais.
  • armazena e regula a distribuição da água da chuva.
  • constitui matéria-prima para diversos trabalhos desenvolvidos pelo homem, como na construção civil (casas, indústrias, estradas), no artesanato e na cerâmica.
  • é usado na prática da agricultura (produção de alimentos) e da pecuária (pastagens).
  • é empregado para o reflorestamento e a arborização urbana.

Para estudar e melhor conhecer esse recurso natural indispensável às nossas vidas, convido você a acessar o conteúdo multimídia Solos e a conhecer a seção de experiências com solos do site avaliado Projeto solo na escola.

GEOGRAFIA: Erupções vulcânicas: poluição natural

Erupção vulcânica sob a geleira de Eyjafjallajokull, Islândia.
Nasa. Licenciado pelo Creative Commons, atribuição 2.0 Genérica.


Embora a poluição natural causada pelas erupções vulcânicas seja menor que a poluição gerada pelas atividades humanas, há uma certa preocupação por parte dos pesquisadores devido aos grandes impactos atmosféricos locais e globais. Além das cinzas, vapor d’água e outros materiais, as erupções vulcânicas liberam toneladas de substâncias tóxicas na atmosfera, dentre elas o ácido clorídrico (HCl) e o dióxido de enxofre (SO2), que podem percorrer grandes distâncias através da circulação atmosférica. O contato e a inalação das partículas e dos gases expelidos pelas erupções provocam diversos problemas de saúde, principalmente em pessoas com histórico de doenças cardíacas e respiratórias, como hipertensão e asma. O dióxido de enxofre, por exemplo, pode causar irritação nos olhos, na pele e nas vias respiratórias, além de edemas pulmonares, podendo levar até à morte.

As cinzas e os gases expelidos pelas erupções vulcânicas levam algum tempo para se dissiparem. As partículas que compõem as cinzas se depositam no solo — dependendo das condições climáticas, isso pode ocorrer a centenas de quilômetros do local da erupção. Já os gases resultantes das erupções podem reagir com outros elementos químicos presentes na atmosfera, ocasionando até mesmo as chuvas ácidas.

Embora as erupções vulcânicas sejam preocupantes dos pontos de vista ambiental e da saúde, estudos demonstram que a poluição gerada na maioria das cidades mundiais oferece maiores riscos à saúde humana do que esses fenômenos naturais.